sexta-feira, 3 de julho de 2009

Hoje a noite me mascou...

Faz hoje um calor presente, iniludível. O ar é seco, está em minha garganta e resiste à água que tenta afogá-lo. Acordei sem me lembrar com quê e se sonhara, na cabeça só esta confusão; não me lembro quando e em que ocasião dormi, só sei que o fiz sem desejar a ninguém boa-noite, e talvez nem quereria. Como se não sabendo onde estava acordei, pareceu férias da vida, não havia nada a ser feito - havendo, meu corpo prostestaria. Não sei que dia é, não sei que horas são, não sei a estação: é daqueles dias que, não sendo uma constante na rotina, esnoba e zomba dos demais, me esqueço de mim e de tudo, o passado é vão e o futuro suspenso.
Que há pra fazer? Revisitar o livro predileto; conferir a programação da TV - há corrida neste final de semana -; tomar um banho na piscina; jogar video-game até o dedo fazer calo; tocar violão e dar conta - sem ter muito em conta - de minha inabilidade com isso e aquilo; ser grosseiro e sentir a grosseria de alguém; pedir pizza mais tarde; me achar um herói por suportar o tédio até ter constatado que já não o sinto mais, sentindo com êxtase que a vida é grande, ignorando, graças a Deus, que é tudo veleidade do acaso, matiz do humor, eu aqui estou, continuo o mesmo, "com meu sorriso branco, tentando no compasso me esquivar, bla,bla,bla..."

Durmo mal, acordo pior, e a vida vai seguindo assim...

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